quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vampire Academy Series

Bom, gente, hoje o papo é sério.

Há mais ou menos um mês atrás, eu terminei de ler o último livro da série Vampire Academy (em português Academia de Vampiros [oh, really? Yeah, really]) e desde então meus dedinhos estavam coçando para que eu viesse aqui e deixasse minhas impressões.

Acontece que eu li essa série cheia de expectativas, porque todo mundo dizia o quão boa era. O que normalmente acontece quando leio algum livro achando que ele vai ser o melhor do mundo:
1. Ele se torna o pior do mundo.
2. É isso aí.

Não obstante, dessa vez eu fui surpreendida. O danadinho do enredo de Vampire Academy é tão viciante quanto a escrita da Richelle Mead.

Ok, é difícil fazer uma resenha de um livro que a gente gostou, imagine dar um panorama geral de 6 livros muito bons?

Em O beijo das sombras (que li em português), eu me deparei com uma estória um pouquinho diferente dos vampiros que brilham no sol e as mocinhas que são sempre salvas (qualquer semelhança com uma série conhecida é mera coincidência). Nesse livro, a "mocinha" é a badass que mais uma vez salva o dia *As meninas superpoderosas*. Só que, mais do que isso, esse livro introduz esse conceito de amizade que é tão forte durante praticamente todos os livros. Essa doação de si mesmo para o amigo, esse amor tão forte e essa dedicação tão fiel que, no começo, é até difícil entender porque tanta admiração da Rose pela Lissa.

Em Aura negra (também lido em português) tudo gira em torno de perdas. De coragem, sim, mas a que essa coragem acaba expondo de nós mesmos. Foi tocante, mas é o que menos me lembro.

Shadow kiss é o meu preferido. Então não serei imparcial e tenho plena convicção disso. Não tem como ter uma postura de afastamento com relação a esse livro. Pra mim, ele é o livro que acaba ligando a série como um todo. A Rose cresce muito nesse livro e, a última frase dele é a perfeita prova disso. O melhor final que li em muito tempo... Fiquei surpreendida, arrasada, ansiosa, confusa, triste. Foi um misto que não achei que fosse possível acontecer. O ataque que acontece na St. Vladmir pode ser uma grande metáfora da própria vida (tô viajando muito?): às vezes somos devastados, para que nosso lado mais frio e racional apareça. É um teste. É tudo planejado para que nossas forças que existem dentro de nós, submerjam.

Confesso que Blood promise eu arrastei. Foi um "Lua nova" com proporções catastróficas e fiquei com muito medo que isso acabasse desandando a série. Cadê aquela Rose que era meu exemplo de heroína? Muitas vezes eu fiquei com vontade de entrar nas páginas e dar umas bofetadas na minha vampira preferida de todos os tempos, pra que ela percebesse que aquela força toda que ela demonstrou no final de Shadow kiss ainda estava com ela! Parecia que uma outra personagem havia tomado conta dela e isso a deixou um pouco aquém das expectativas.

Ok, Spirit bound, você começou a recuperar a situação. Novamente a Rose precisa mostrar a força dela e, finalmente se graduar como guardiã. Ela luta um pouco com a fraqueza, mas no final ela ganha e isso me deixa um pouco mais aliviada. Nesse livro, o papel do Dimitri não me conquistou. Ele se mostrou um bebezão, talvez porque eu esperava mais do russo mais forte e perfeito do mundo. O Adrian acabou se tornando meu xodózinho e, eu percebi que outros personagens acabaram ganhando mais destaque nesse livro.

Mas, nada como Last sacrifice. Foi um final perfeito pra uma estória arrebatadora. Não poderia ser melhor. Nenhuma ponta ficou solta, tudo fez sentido (menos as atitudes egoístas da Rose com relação ao Adrian, pô! Mas tá, eu perdoo). Eu só penso que poderia ter tido um final menos "conto de fadas", já que a estória inteira é baseada em superação, em crescimento real, não aquela coisinha linda de todos felizes sempre. Mas eu gostei bastante do rumo que as coisas tomaram e, definitivamente, esse livro foi o que teve mais protagonistas. Praticamente TODOS os personagens de Vampire Academy fizeram a diferença, esse foi o ponto alto do livro! O penúltimo capítulo me deixou sem fôlego, mas o último consertou as coisas.

Leia. Você, que perdeu seu precioso tempo lendo esse texto gigante que eu escrevi falando nada com nada, leia esse livro. Você vai se surpreender de como uma estória de vampiros pode ser inovadora e pode, principalmente, falar de coisas da vida, coisas de gente de verdade, de sofrimento, de egoísmo, de traição, de amizade, de amor, de crescimento, de dúvidas... de tudo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Leituras do mês + Recados

Bom, voltei.

Recados

Contrariando o título do post, começarei dando recadinhos!
Em primeiro lugar, eu não gostaria mesmo de abandonar o blog do modo como faço. Mas meu curso na universidade exige muito tempo, muita leitura, muita dedicação (como o de todos, eu sei...) mas, na minha maravilhosa forma de saber me organizar (só que não) não consigo fazer tudo dar certo nem tudo dar tempo.

Por fim, acabei abandonando aqui por um tempo. Sou dessas que prefere ter tempo para escrever uma coisa boa (não que quando eu tenha, eu escreva, mas as chances aumentam hahaha) do que escrever por escrever e jogar um monte de palavras soltas e sem sentido no mundo das internets.


Então fica assim: não digo que voltei de vez, mas não digo que irei embora amanhã.
Simplesmente virei quando der tempo de me dedicar 100% (o que pretendo que aconteça mais vezes e com mais organização!).

Leituras do mês


Bom, nesse clima de organização, eu começarei a impor metas do mês para minhas leituras. Assim é uma forma de diminuir a pilha e aproveitar essas belezinhas que muitas vezes a gente esquece que tem.

Esse mês, então, minha meta é terminar minhas leituras já começadas.


The Book of Tomorrow, por Cecelia Ahern; Persuasão, por Jane Austen; As Brumas de Avalon 1: A Senhora da Magia, por Marion Zimmer Bradley.

Bom, é isso.
Eu volto pra contar pra vocês como foi a leitura desses bonitinhos (talvez em vídeo, yay!).
Tenho umas resenhas prontas também, que pretendo atualizar para rechear o blog com as minhas opiniões e experiências, hehe.

Muitos tchaus! ;)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O que você faria com uma carta que mudasse tudo?

SPARKS, Nicholas. Querido John
Editora: Novo Conceito

"Querido John", dizia a carta que partiu um coração e transformou duas vidas para sempre.

Acredito que a maioria conheça a história, mas lá vai:
John Tyree não tem grandes perspectivas para o futuro e começa o livro contando sobre o modo como foi criado por seu pai e todas suas crises de existência durante esse período.

Até que conhece Savannah de um modo inesperado, em um momento certo e errado ao mesmo tempo. Certo, porque ela mudaria sua vida; errado porque em uma semana voltará para a Alemanha, onde serve o exército.

Preciso dizer, esse livro é simplesmente LINDO. A simplicidade da narrativa misturada com os sentimentos mais puros de um rapaz que aprende o que é amar de verdade; só podia ser do Nicholas.

O ambiente da praia me agradou muito, consegui caracterizar muito bem cada personagem e suas particularidades. Gostei especialmente do pai do John, por mais que a maior frase que ele tenha dito no livro seja "Você pode, por favor, colocar o pão na torradeira?". A leitura flui muito bem e em nenhum momento achei o sentimento entre o casal forçado, por mais que tenham se conhecido e se apaixonado para sempre em uma semana apenas.

Não teria título melhor para a história; eu chorei lendo todas as cartas (acho que foram duas ou três), e depois da primeira quando eu lia "Querido John.." meus olhos já marejavam. Quem ainda não leu, não perca mais tempo como eu perdi até agora! Só não espere que a Savannah seja loira de olhos azuis (Amanda Seyfried, você é linda mas NÃO É A SAVANNAH. Period.).

"Fui cego como um morcego e burro como uma porta, mas, mesmo se disser que lamento minha imaturidade, não posso desfazer o passado."

"O tempo é relativo. Sei que não sou o primeiro a perceber isso e estou longe de ser o mais famoso. Minha percepção também não tem nada a ver com energia, massa, velocidade da luz ou qualquer outro postulado de Einstein. Pelo contrário. Tem a ver com o arrastar das horas enquanto eu esperava por Savannah."

"(...) o amor significa pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa o quão dolorosa seja sua escolha."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"É sério. Quem manda os filhos para um internato? (...)

(...) É tão Hogwarts."


PERKINS, Stephanie. Anna e o Beijo Francês. Novo Conceito Editora, 2011. (Título original: Anna and the French Kiss). Ficção norte-americana.

Eu sei, todos já leram e fizeram resenha desse livro, mas eu precisava deixar aqui algumas de minhas impressões.

Por ser seu romance de estreia, Perkins com certeza deixou uma marca linda e doce em sua carreira como escritora. Anna e o Beijo Francês é leve, doce e apaixonante.

Confesso que com tantas resenhas transbordando mel sobre esse livro, minhas expectativas quanto a ele é que eu fosse cair de amores e que meu coração fosse explodir. Bem, não foi isso que aconteceu.

Eu me sentia extremamente bem enquanto o lia, exatamente por seu caráter apaixonante. O cenário é Paris, já começou aí. Me sentia em casa com essa reunião de personagens fofos; gostei especialmente de Mer, fã de Beatles! *-*

St. Clair. Achei que eu fosse me apaixonar por ele. Mas na verdade, pra mim, ele não passou de um suco de limão que parecia de laranja mas tinha gosto de tamarindo. Inglês, americano ou fracês? Ele é fofo e tudo o mais, mas sua indecisão e seu medo me fizeram ter uma certa implicância com ele. Ele hesitou demais por um lado e por outro foi o cara mais romântico que pode existir. Acho que essa falta de meio termo me deixou crítica quanto à ele, todos sabemos o quão insuportáveis são pessoas "8 ou 80". Menos "romântico perfeito" e mais proatividade transfomariam St. Clair num dos meus personagens favoritos. Já Anna é interessante. Cinéfila, sonhadora, forte, engraçada.

A história é muito bem escrita, mistura o romance com todos os dilemas de uma americana que vai passar um ano na Europa e mal sabe agradecer no idioma do país ao qual irá. O ambiente é gostoso, os diálogos são bons, é um livro leve e solto. Mas com tanta recomendação, eu esperava um pouquinho mais. Não foi decepção, foi apenas mais um Young Adult fofo, mas que não mudou a minha vida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

1001 Livros para ler antes de morrer

Olá!

Em primeiro lugar, não farei uma resenha sobre esse livro, porque ele já é um livro de resenhas. Minha intenção com esse post é expressar o quanto fui feliz em aproveitar a super promoção da Submarino e levar essa coisa linda de quase 1000 páginas por apenas R$ 9,90.

A ideia de tirar minhas próprias fotos eu vi pela primeira vez num blog que eu adoro, o Kari Read. É realmente mais original e traz mais proximidade com o real, acho que é por isso que as pessoas gostam tanto de posts como Caixinha do Correio; ver o livro de verdade com a pessoa é confortável.

1001 Livros Para Ler Antes de Morrer traz 1001 resenhas (really?) de clássicos que são indispensáveis para qualquer bookaholic.

Antes de tudo, achei a ideia do livro mais fantástica pelo fato de que talvez ninguém consiga ler os 1001 livros indicados aí. Mas essa é a magia: você pode não conseguir lê-los, mas você pode conhecê-los através das impressões desses resenhistas maravilhosos que, antes de tudo, são como nós: leitores de corpo e alma.

Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf

A lista inclui clássicos super conhecidos como Orgulho e Preconceito (Jane Austen), Vidas Secas (Graciliano Ramos), E o Vento Levou (Margaret Mitchell), Gabriela, Cravo e Canela (Jorge Amado), Ensaio Sobre a Cegueira (José Saramago) e claro, como não poderia faltar, As Mil e Uma Noites que, com um autor anônimo, abre essa ótima coletânea de livros e inspira seu nome. Mas também encontramos títulos desconhecidos como alguns contos japoneses, romances que não foram nem traduzidos para o português e obras da literatura russa (que, na minha opinião, são clássicos).

O Sofrimento do Jovem Werther, de Goethe
Recomendo para todo leitor assíduo, duvidando que sua lista de desejados não irá aumentar. Também fiquei super feliz em ver vários clássicos da nossa literatura nacional, como Dom Casmurro (sou suspeita <3). Com certeza dá para se perder dentro desse livro, numa viagem gostosa e prazerosa. Além disso, as ilustrações são um espetáculo à parte. Uma das minhas melhores compras!

Eu queria poder mostrar todas as ilustrações!
ps.: Desculpem a má qualidade das fotos, ainda estou sem câmera e o celular não ajuda.

Até a próxima!

domingo, 16 de outubro de 2011

Desculpas!

Boa noite!

É com toda minha cara-de-pau que venho aqui pedir imensas desculpas pelo sumiço. Primeiro, precisei me desculpar comigo mesma, mas a vida deu uma chacoalhada que precisava de toda minha atenção para que nada saísse fora do lugar. Acredito que todo mundo já passou por alguma situação que monopoliza sua vida; nesse último mês tive várias ao mesmo tempo. Além de ter ficado mais velha [hoho 20 anos!], muitas outras coisas tiraram minha concentração, mas não convém.

O fato é que agora eu pretendo voltar, com todo o amor do mundo, a me dedicar a esse espacinho tão meu quanto de quem o lê. Foi um hiato, e como todo, ele acabou. Quase não li nesses últimos tempos, mas tenho resenhas para colocar no ar, memes, caixinha de correio etc. Além disso, a faculdade está tomando meu tempo integral. Nada é desculpa, eu sei, mas agora voltei pra ficar [assim espero!].

Welcome back, Pool of Words.

sábado, 3 de setembro de 2011

Resenha: Feios, Scott Westerfeld

WESTERFELD, Scott. Feios. Galera Record, 2010.
Ficção / Fantasia. (Título original: Uglies)


Bom, pra começar eu gostaria de dizer que adoro uma distopia (como Admirável Mundo Novo, por exemplo). Eu sempre fico pensando como será o nosso mundo daqui há uns... 100, 200 anos, porque simplesmente não estaremos aqui para ver - ou estaremos?

Fantasias à parte, é um assunto bem sério. O que nós estamos fazendo com o nosso mundo é o que ele será no futuro (que pode estar mais próximo do que imaginamos). Isso me dá medo, porque o que vemos não é nada legal. Mas vamos ao livro.

A história é de Tally Youngblood, uma feia que está prestes a completar 16 anos e realizar o sonho de sua vida: tornar-se perfeita. Seu melhor amigo já passou pela cirurgia e ela está sozinha e não vê a hora disso acontecer. Porém, conhece Shay e tudo muda. Shay não quer se tornar perfeita.

"- Fazer o que as pessoas esperam que você faça é sempre entediante. Não consigo pensar em nada pior do que ser obrigada a me divertir."

E esse quote super traduz Shay. Até que ela foge e muitas circunstâncias levam Tally até ela. A partir daí, Tally percebe que nem tudo são flores nesse mundo que na verdade é mais que feio; muito pelo contrário, há segredos horríveis por trás de toda essa ânsia de criar-se uma sociedade cada vez mais perfeita.

"A natureza, afinal, não precisava de uma operação para ficar linda. Ela simplesmente era."

5 motivos para ler Feios:

1) A distopia
É bom refletir um pouco sobre essa busca desenfreada da humanidade para sempre estar no topo, da procura pelo corpo perfeito, pelo rosto lindo, do esteriótipo de felicidade que nos vendem em propagandas baratas.

2) A história
Apesar de algumas vezes eu ter pensado "hey, como isso acontece se aquilo outro aconteceu?" (ignorem), a história é muito bem estruturada e super criativa. Sempre que eu lia, era transportada para esse universo paralelo do nosso futuro e me sentia muito mais que uma Enferrujada. PRECISO de uma prancha que voa, gente.

3) O David
Num mundo dos vampiros ele seria o que? Meio vampiro e meio humano? Hahaha. O David é muito fofo, me conquistou num piscar de olhos, faz e diz coisas super bonitinhas. Ele sim sabe que até mesmo um rosto feio pode ser visto como um rosto lindo, só depende dos olhos de quem vê.

4) A narrativa
Embora eu não seja super fã de histórias narradas em terceira pessoa, essa é diferente. É uma leitura super fácil e simples, não é cansativa e as vezes eu lia num ritmo intenso, de não conseguir parar. Os capítulos acabam exatamente de uma forma que me deixava ansiosa pelo próximo e o final é "wow!".

5) A série
Eu, particularmente, adoro séries. Acho que quando um livro é único, é ok. Mas algumas coisas podem acontecer rápido demais ou ficarem sem explicação. Série sempre te deixa querendo mais e tendo mais. Estou louca por Perfeitos e Especiais.

Vou confessar que parecia uma livro bobinho no começo... mas deixem ele conquistar vocês como me conquistou. Muito bom!