Quatro personagens protagonizam essa história: Tereza e Tomas, Sabina e Franz. Por força de suas escolhas ou por interferência do acaso, cada um deles experimenta, à sua maneira, o peso insustentável que baliza a vida, esse permanente exercício de reconhecer a opressão e de tentar amenizá-la.
Olá!
Hoje vou fazer minha primeira resenha do blog. Sou nova nisso, então peço a paciência de quem ler - e agradeço, claro! - porque pode ser que eu falhe por falta de experiência, mas farei o meu melhor.
A Insustentável Leveza do Ser foi um livro que caiu engraçadamente em minhas mãos. Um belo dia, passeando pelo mundo literário da internet, acabei lendo a frase "a insustentável leveza do ser", mas não associei com o título de um livro, muito embora não me pareceu tão estranho.
No mesmo dia, entrei no site da Submarino - como todos os outros dias do ano - e vi nas ofertas esse título. Achei graça da conhecidência e
Mas, vamos lá. Esse livro é um tanto quanto movido à filosofia. Inclusive o título remete ao dilema peso X leveza de Parmênides. Quando você acaba de ler, percebe que, na verdade, tudo na vida é dividido por esse dilema, sempre com o peso remetendo ao negativo e a leveza ao positivo.
A história gira em torno de Tomas e Tereza, que vivem em Praga, na atual República Tcheca no período da invasão russa. Esse cenário será, muitas vezes, o causador de muitos dos dilemas nos quais o autor puxa carona para seguir às crises existencialistas - a parte da "merda" do filho do Stálin dá até para rir. O que acontece poucas vezes durante esse livro, que é bastante pesado.
Os capítulos são pequenos, as vezes menores do que uma página. Em algumas partes, a leitura corre solta, mas quando Kundera entra no terreno filosófico, acaba tornando-se um pouco cansativo. Na verdade é coisa de preguiça minha, já que ao abordar o existencialismo, o "Eterno Retorno", a compaixão, o autor usa da história para nos levar às reflexões. Mas, para isso, é necessário contextualizar como essas viagens filosóficas se inserem em determinado trecho.
Outros dois importantes persoagens são Sabina e Franz, aos quais são dedicados muitos capítulos - o final de Franz é triste. Karenin, a cachorrinha que Tomas dá à Tereza, me arrancou até alguns nós na garganta nos capítulos finais.
É um bom livro. Um livro repleto de conteúdo, que te faz pensar e raciocinar. Em alguns trechos eu fazia "nooooossa" involuntariamente. Mas não é uma leitura leve, para as horas de prazer - embora o prazer, o sexual mesmo, seja um tema incessantemente abordado através das amantes de Tomas, inclusive Sabina.
NOME: A Insustentável Leveza do Ser
AUTOR: Milan Kundera
EDITORA: Companhia das Letras - coleção: Companhia de Bolso
PÁGINAS: 309
LER SE: Gostar bastante de filosofia e de histórias com temas pesados e sujos do ser humano.
NÃO LER SE: Procura uma leitura leve, descontraída e romântica.
Até!
Camila C.
Sua resenha está ótima, parabéns!
ResponderExcluirAdoro livros movidos a filosofia! Me interessei por ele!
Gostei do seu blog, estou seguindo, ok?
Beijos!
Nataly Nunes
@natalynunes
http://critiquinha.com.br/
foi muito bem p/ primeira experiência!]
ResponderExcluiro título é super 'vem ler isso' haha
gostei
bjs
Oi Camila ^^ O livro n faz muito o meu estilo, mas parece interessante. E se eu visse esse livro em algum lugar diria que um guia para uma aula de artes ou coisa parecida hehe
ResponderExcluirBem vinda ao mundo blogueiro, e parabéns pela resenha :D
[tudo isso aqui]
Oiii, adorei sua resenha!
ResponderExcluirMas realmente não faz muuuito o meu tipo, não é lá um livro que eu pegaria por vontade própria pra ler, hIUASHEHAS.
Beijos, nanda
www.julguepelacapa.blogspot.com