domingo, 28 de agosto de 2011

Resenha: Shadow Kiss - Richelle Mead


MEAD, Richelle. Shadow Kiss - Vampire Academy #3, Editora Razorbill.

(Não há muitos spoilers dos livros anteriores).

OMG.

Enquanto eu estava lendo Shadow Kiss, eu tinha aquela prazerosa sensação que temos, quando o livro é muito bom, de que não há como ele ficar melhor. Mas aí chega o final e TA-DA, ele fica melhor. Muitas surpresas, muito suspense, mistérios, explicações que eu jamais imaginaria.
Richelle, sou sua fã.

Fazia um tempo que não me envolvia tanto em uma estória de seres sobrenaturais. Sim, eu sei, é sempre o mesmo discurso, os mesmos seres, a mesma ladainha. Mas com Vampire Academy é diferente e o que mais me encantou foi que, na verdade, o sobrenatural é muito sutil. OK, eles têm fornecedores de sangue pros Moroi, usam magia com os 4 elementos e OH, WAIT, a Lissa usa um tal de "espírito" que trouxe a Rose de volta à vida. Sem contar que, nesse volume, a Rose vê uns fantasminhas aqui e outros ali. Ainda assim é sutil. Muitas vezes eu esquecia que era uma estória de vampiros e quando eu lembrava, ficava impressionada de como a autora soube explorar o tema de uma forma tão bem estruturada, com poucos clichês e sem apelação.

"My own pretty jealousy and moping suddenly seemed stupid when compared with what she had to go through. I mentally slapped myself."

Claro que é importante lembrar que é um mundo de fantasias criado para a morada dos nossos queridos vampiros-reais, meio-vampiros e até os vampiros-do-mal. Ou seja, nada fugirá muito disso, mas ainda assim, os sentimentos, as conversas, as reações, os pensamentos... são todos muito familiares para qualquer ser humano. Sempre muitos dilemas, escolhas, segredos. Eu mergulhei fundo nesse livro, um dos melhores que já li, e com certeza recomendo a todos que façam o mesmo.

"(...) It woudn't be fair to have one person so full of awesomeness."

O final desse livro é inexplicável, a última frase então...
Eu não sou a primeira pessoa a recomendar essa série, nem serei a última. Mas duvido que alguém se arrependa de ler. 5 estrelas!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meme: Top 10 casais da ficção

Olá, queridos!

Acho que esse será o primeiro meme do blog e fiquei super feliz por ter sido indicada! Com um pouco de atraso, mas estou fazendo-o agora porque achei muito fofo.



 Regras:
* Linkar quem te passou: Luana - Mulher gosta de falar 
* Colocar a imagem abaixo
* Fazer uma lista dos seus 10 casais preferidos da ficção (tanto de livros, séries, animes etc... )
* Passar para 5 blogs: fica aberto a quem quiser! =)





10. Bentinho e Capitu (Dom Casmurro)
Ok, apesar de Dom Casmurro ser meu livro preferido desde sempre, eu não curto muito o casal, mas não podia deixá-los de fora porque a trama toda no livro envolve a famosa pergunta que não quer calar: "Capitu traiu Bentinho?". Eu ainda acho que Capitu sequer existiu na vida dele e ele só contou essa estória com cara de história para caçoar dos leitores. Parece muito típico de Bentinho. Quem ainda não leu (ou leu por obrigação), leia por prazer. É fantástico!

9. Ross e Rachel (FRIENDS)
A primeira série que eu comecei a assistir e, consequentemente, o primeiro casal da TV pelo qual me apaixonei. Não tem como, rolou demais a química entre a Aniston e o Schwimmer. Fora que a história deles é super fofa, cheia de altos e baixos e, embora sempre tentassem, nunca conseguiram deixar de se amar.

8. Damon e Elena (The vampire diaries)
Desculpa, mundo, mas sou absolutamente louca pela série de TV que adaptaram dos livros Diários de Stefan (é isso mesmo, produção?). Embora eu não goste muito da Elena, o Damon é... meu Deus. Há adjetivos suficientes no mundo? Hahahahaha, Ian, seu lindo! Acho que eles fazem um casal super fofo e odeio o Frankenstein Stefan, então torço pros dois ficarem juntos.

7. Rony e Hermione (Harry Potter)
Preciso dizer alguma coisa, gente? Eu tipo SEMPRE SOUBE que esses dois iam terminar juntos, desde quando eram umas criancinhas fofas que só implicavam um com o outro. Quando a Hermione chorou pelo Rony quando ele ficou com a outra menina depois do jogo, deu vontade de entrar na tela e dizer "Calma, tá tudo bem agora" "Hermione, entendo sua dor, mas vocês vão ficar juntos no final porque já me contaram o último livro". Lindos, lindos, eternamente lindos!

6. Tom e Summer (500 days of Summer)
Sou suspeitíssima pra falar, porque esse filme é meio que especial pra mim, então já o assisti com outros olhos. Sem querer cortar o barato (dorgas?) de quem ainda não assistiu (assistam!), eles não terem ficado juntos e a Summer ser uma bitch-fria-sem-coração não muda o fato deles terem sido os "just-friends" mais feitos um pro outro do universo.

"Tom: What happens if you fall in love?
Summer: You don't'believe that, do you?
Tom: It's love, it's not Santa Claus."

5. Toby e Emily (Pretty little liars)
Gente, eu sei. Eu sei a escolha sexual da Emily, eu sei que o Toby tá com a Spencer (na série de TV, ainda não sei nos livros), mas isso não muda o fato de que, pra mim, os dois são tipo arroz e feijão. Acho que eles dariam um casal lindo, eles se gostam, as cenas entre eles dois são super fofas, a Emily foi a primeira a acreditar no Toby sem julgá-lo e acho que o jeitinho tímido e retraído dela encaixa perfeitamente no dele. Fofos!

4. Heathcliff e Catherine (O Morro dos Ventos Uivantes)
Tá aí um amor difícil. Nunca vi coisa mais dolorida do que a vida desses dois, sempre querendo ficar juntos e sempre com o destino pregando peças para que eles não conseguissem atingir a felicidade. Mas sempre acreditei no amor deles, pois o Heathcliff viveu uma vida inteira já estando morto, por não ter Cathy.

3. Michael e Mia Nikita (Nikita)
NÃO ME JULGUEM, eu a-d-o-r-o Nikita. Pra quem não sabe, essa é uma série remake da antiga série canadense La femme Nikita. Ela é uma ex-espiã de uma divisão governamental americana chamada Division (oh, really?). Quando o órgão começou a ficar mercenário, Nikita fugiu e desde então seu objetivo é acabar com a Division e, guess what, Michael trabalha lá. Mas o jogo pode virar (virou) e, nossa, que amor mais perigoso. Adoro.

2. Ethan e Erica (Being Erica)
Ok, mais um casal de série de TV. Nesse meme, vocês acabaram descobrindo minha segunda paixão, hahaha. Essa série é linda, fofa, divertida, alegre, te faz refletir. E mais, a Erica trabalha em uma editora! Mais em casa impossível, né? Assistam. Ethan é seu melhor amigo desde sempre e o clima entre os dois é inegável. Pode não ter dado certo uma vez, mas foram feitos um pro outro. Pena que está pra começar a última temporada! =(

1. ~and the Oscar goes to~ Dimitri e Roza (oun!) (Vampire Academy)
Não tem o que falar, né? Vou colocar um quote aqui de Shadow Kiss (terceiro livro da série que, em breve, será resenhado) só pra vocês sentirem POR QUE esse é meu casal preferido ever:

"But with Dimitri I never felt like I had to be anything more than what I already was. I didn't have to entertain him or think up jokes or even flirt. It was enough to just be together, to be so completely comfortable in each other's presence that we lost all sense of self-consciousness."

Gente, me diverti muito fazendo esse meme! Hahaha.
E aí, gostaram? Concordam?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O guardião de memórias - Kim Edwards




Título: O guardião de memórias - The memory keeper's daughter
Autor: Kim Edwards
Editora: Sextante
Gênero: Ficção americana




  
"Kim Edwards uma romancista estreante, escreveu um livro de cortar o coração, alternadamente luminoso e sombrio, literário e cheio de suspense." - LIBRARY JOURNAL

Eu tive que colocar essa declaração pra começar essa resenha porque ela simplesmente descreveu o modo como eu vejo esse livro, hoje, depois de lido. Eu o li há um tempinho já, mas estava esperando um momento em que eu conseguisse fazer uma resenha sobre ele.

A história começa em 1964, quando a esposa do médico David Henry entra em trabalho de parto. Porém, uma forte tempestade de neve impede que eles saiam de casa e o médico tem que fazer o parto dos próprios filhos; gêmeos.
Um menino. Normal. Lindo.
Uma menina. Com Síndrome de Down.
Em um impulso, dr. David simplesmente toma uma atitude que mudará a vida de todos para sempre: entrega sua filha para sua enfermeira, Caroline, para que ela crie a menina, dizendo para a esposa que a criança havia morrido no parto.

Com certeza, se ele soubesse no que uma única decisão transformaria a vida de todos eles, ele teria pensado melhor. Um grande segredo, uma grande mentira, não levariam a uma vida linda e repleta de felicidade. Ao contrário, dor, saudade, imaginação e traição foram os únicos vestigios do vazio causado pela filha na vida de dr. David e Norah, sua esposa.

As personagens são muito reais, com sentimentos fortes e muita, muita profundidade. Muitas vezes, quando eu estava lendo, eu sentia uma profunda angústia, porque realmente, cada coisa que acontece só cava um buraco ainda mais fundo na vida de todos.

A felicidade e serenidade da Norah que é apresentada no começo do livro dão lugar a uma tristeza enorme e um apego a alguém que ela nunca viu, e que acha que morreu. O orgulho de ser pai do David do começo também dá lugar à vergonha e ao arrependimento, muitas vezes misturado com um medo de ter feito algo errado mas um suposto alívio de ter "se livrado" de um problema. O filho, o gêmeo que cresce sozinho, se torna uma pessoa infeliz. Sente falta da irmã e percebe a decadência de sua família. Me tocava demais as partes em que ele percebia a destruição de todo o amor entre eles. A menininha, Phoebe, é criada por Caroline e é tão fofa e esperta! Com suas dificuldades e limitações, ela vai vencendo uma vida que não era pra ser dela, mas com uma "mãe" que a ama muito.

Resumindo, é um livro lindo. É muito triste, talvez o mais triste que já li, porque não trata apenas do tópico de ter um filho especial; trata de preconceito, de separação, de dor, de traição, de amargura, de escolhas erradas. É um castelo de cartas em que, personagem por personagem, ele vai desmoronando. É uma linda lição de como o caminho que tomamos nos leva a lugares, talvez, inesperados. Leiam!

"Paul sentiu uma necessidade premente de oferecer a Phoebe o casamento que ela quisesse. Ou um bolo, pelo menos. Seria um gesto muito pequeno diante de todo o resto."  p. 354

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Segundas impressões de "Orgulho e preconceito"

Olá, pessoas!

Mil desculpas por ficar quase uma semana sem postar e responder comentários. A semana foi meio incomum, aconteceram umas coisinhas aqui e outras ali que não me permitiram postar.

Primeiro, dia 4 de agosto o blog fez um mês! Eeeeeee *emoção, lágrimas* fico super feliz que isso aqui esteja dando certo, pra mim mesma, sabem? Sempre itve vontade de ter um blog, mas a preguiça e o medo de não conseguir continuar me impediam, mas agora farei o meu melhor porque a experiência está sendo incrível. Obrigada a todos que comentam e seguem, é muito importante pra mim conversar com vocês.

Agora vamos ao assunto do post em si: Orgulho e preconceito.

Eu sei, todos amamos Jane Austen (mesmo quem não gosta da escrita dela, a respeita, né?). Eu sei também, era um absurdo eu nunca ter lido Orgulho e preconceito, então eu comprei e li. Duas vezes.

O título do post faz alusão, pra quem não sabe, ao título dado pela própria autora à estória: Primeiras impressões. Sim, foi esse o título que a Jane havia escolhido para Orgulho e preconceito. Embora o original, que temos hoje, tenha muito mais impacto, Primeiras impressões me marcou bastante e acho que faz jus ao livro.

Pra quem não conhece - acredito que a maioria conheça - tudo se passa no cenário da sociedade inglesa rural de 1813. O enredo gira em torno da família Bennet, cujo casal possui 5 filhas. Entre elas está Elizabeth que, à primeira vista (daí o nome "Primeiras impressões") acredita que Fitzwilliam Darcy seja aquele tipo de homem sozinho e arrogante, que apenas se dispõe a humilhar os outros. Grande pano de fundo para nascer um grande amor, não é? Sim, mas nada é tão fácil.

- (...) Podemos falar mal de alguém sem parar e não dizer nada justo; mas não podemos rir sempre de um homem sem de quando em quando topar com alguma coisa espirituosa.

Eu tive que ler duas vezes. Não porque morri de amores, ao contrário; porque da primeira vez eu realmente não encontrei algo que me encantasse tanto quanto as pessoas falam. Nem no Darcy.

Na primeira leitura, achei que certas partes paradas demais prejudicavam a ânsia de saber o que acontece na história. Ok, esse é o estilo da Jane, mas eu podia jurar que eu grudaria nesse livro, como já grudei em outros dela. Achei que a paixão que nasce de Darcy por Lizzy foi muito repentina e sem motivo. (Alô, precisa de motivo pra se apaixonar?) Sei que na época as coisas eram assim, mas não sou muito fã dessas paixões literárias instantâneas.

- Acho que você corre um perigo muito grande de fazer com que ele fique mais apaixonado do que nunca.

Também achei que certas partes valorizam demais outros personagens da história - como a fuga de Lydia, o sofrimento de Jane pela partida de Bingley, o casamento do sr. Collins. Eu sei que são acontecimentos importantes, mas eu senti que podia dar espaço a algum tipo de aproximação maior entre Darcy e Lizzy, para que os leitores pudessem ir "se apaixonando" com eles.

Na segunda leitura, porém, eu senti que fluiu tudo muito bem. Eu até entendi certos porquês que eu questionei antes, consegui me apegar mais à estória e cheguei a conclusão de que ela me conquistou. Eu sabia que não poderia desistir da Jane!

- (...) Você só tem que aprender um pouco da minha filosofia. Só pense no passado quando as lembranças lhe derem prazer.

Vale lembrar que aqui exponho minhas opiniões e que não possuo nenhum tipo de critério científico para fazê-lo, apenas minhas impressões (eufemismo para NÃO ME XINGUEM! haha). Por isso eu digo, com Orgulho e preconceito foi amor à segunda vista.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

NANA #1 - Ai Yazawa


Olá!

As "férias" acabaram e agora a correria voltou ao normal, certo? Já recebi alguns calendários das minhas matérias desse semestre e me assustei. Vou ter tantas disciplinas de História, tantos livros, tantas xerox! Ok, keep calm and read a book. [?]

Faculdade a parte, vamos então, à resenha de hoje.

Confesso que é minha primeira leitura de mangás e assim sendo, preciso dividir as minhas primeiras impressões. Eu sabia que devia começar de trás pra frente, mas fiquei meio perdida quanto a ordem dos quadrinhos e das falas no começo. Até que eu percebi o óbvio: segue o mesmo padrão da leitura japonesa, sempre da direita para a esquerda hahaha -demorou hein?- e logo o negócio fluiu naturalmente.

O mangá começa contando a história de Nana, que está se formando no ensino médio. O cara que ela ama vai para Tóquio e é então que o drama da vida dela começa. Um adendo: ele é casado. Porém, com a ajuda da amiga dela, Junko, ela conhece Shoji. Com seu jeito fácil para se apaixonar, ela decide que está na hora de ter um amigo, já que não tem nenhum porque se apaixona por todos os caras que conhece. A história deles é fofa, porque eles tentam ser amigos, mas Shoji também se apaixona por Nana e sofre com as indecisões dela.


- O que eu sou pra você? Você enche os olhos de lágrimas, diz coisas insinuantes... Acha divertido mecher com meu coração desse jeito? Tudo o que você quer é um homem conveniente ao seu lado para te mimar.

Na segunda parte do mangá, começa a história de Nana -oi?- uma jovem cantora que é vocalista de uma banda que está caminhando para a maturidade, e é muito feliz vendo o sucesso que estão começando a fazer. O grande amor de sua vida é Ren, o guitarrista da mesma banda, que é com quem ela -na-mora. Tudo está perfeitamente bem em sua vida até que Ren é convidado para participar de uma banda que faz muito sucesso em Tóquio e seu drama começa quando ele resolve aceitar.

- Nana... Eu estou indo pra Tóquio... Por isso, viva sua vida como você quiser.

Posso dizer que gostei muito da minha primeira experiência com mangás. Eu o li em aproximadamente uma hora, foi bem rápido e leve. A história é salpicada de senso de humor, há vários comentários irônicos ou engraçados entre as cenas e achei o final super bem bolado.

Minha amiga me emprestou o volume 2, acredito que seja nele que ocorra o encontro das Nanas. Apesar de ter gostado da história, não engoli muito bem a primeira personagem. A primeira Nana é uma menina muito fragilzinha, chora o tempo todo e acredita que amar alguém seja uma coisa que acontece dentro de 10 minutos. Caiu na lábia de um cara casado, seu caráter é de uma criancinha e muitas vezes a achei superficial. Já a segunda Nana, a vocalista, tem uma história de vida meio triste, sem família. Ela luta pelos seus sonhos e faz questão de garantir que faz isso por ela mesma, não por seu namorado, o que frisa seu amor próprio. Além disso, o grande sentimento que tem por Ren vem de longa data. Gostei muito mais dela.

E vocês, já leram mangás? Gostam?
Eu gostei muito, vale a pena.

ps.: Primeira vez que ouvi falar desse mangá, foi no blog da fofa da Iris, o Literalmente Falando. Quem ainda não conhece, visite!